terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Seminário debate Meio Ambiente como Direito Humano


“Mesmo quem tem o direito à liberdade e à propriedade privada não pode violar o direito à vida e, portanto, não pode violar o direito a um meio ambiente equilibrado e saudável para todos”. Esta foi a tônica da fala do deputado federal Luís Couto na noite desta segunda-feira, dia 10, durante o Seminário Direitos Humanos e Meio Ambiente, promovido pela Fundação Margarida Maria Alves e Concern Universal Brasil e que marcou o 64º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Para Couto, “quem viola este direito, promove uma violação dupla”. “Quando agredimos o ambiente, reduzimos nossa humanidade”, justifica, lamentando que ainda não há mecanismos eficientes para punir quem comete crimes ambientais.

Durante sua fala para um auditório lotado, o deputado discorreu sobre todo o percurso trilhado para que o meio ambiente fosse considerado um direito fundamental, comparado à liberdade, a partir da Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 1948, até a Conferência de Estocolmo, em 1972, reforçado até os acordos internacionais mais atuais. “O problema é que o modelo de desenvolvimento que nosso país adotou exige grandes obras de estrutura que atingem de forma muito danosa o meio ambiente. Com isso, quem mais sofre são os negros, as mulheres, os moradores de comunidades ribeirinhas e de comunidades tradicionais, os índios... Se queremos reduzir a pobreza, precisamos ter atenção com o meio ambiente”, acredita.

Couto também destacou que a responsabilidade não é só do poder público, mas de toda a sociedade, chamando a atenção para a importância do controle social para que questões como mobilidade urbana, acessibilidade e moradia adequada sejam compreendidas como componentes importantes da política ambiental. Essa participação também é importante para que as violações continuem sendo denunciadas e que os responsáveis sejam punidos.

Ele chamou a atenção para os órgãos oficiais de defesa ambiental: “as mudanças nos processos de licenciamento ambiental estão acontecendo muito mais com critérios políticos do que técnicos, as agências reguladoras continuam favorecendo os latifundiários, o agronegócio é quem está mandando na reformulação do código florestal. O objetivo é apenas produzir, produzir, produzir...”

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Mulheres do Cariri protagonizam documentário

  As Feministas do Cariri from MURUCUTU on Vimeo.


As mulheres do Cariri são as protagonistas do documentário "As Feministas do Cariri", produzido e dirigido pela estudante de Comunicação Social Iayna Rabay, estagiária do Cunhã - Coletivo Feminista. O vídeo de 12 minutos, que foi o Trabalho de Conclusão de Curso de Iayna, acaba de ser lançado e está disponível na internet e é um bonito registro do trabalho que está sendo feito na região para dar empoderamento e autonomia às mulheres.


quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Grupos de Mulheres Rurais planejam crescimento



Grupos estão identificando metas e necessidades

A equipe técnica do projeto Mulheres Rurais está concluindo o processo de planejamento individual dos grupos acompanhados, trabalho que vem sendo feito nas visitas de acompanhamento e que vai servir como base de monitoramento para o projeto. Cada planejamento foi feito considerando a situação atual de cada grupo, suas metas e demandas a partir delas, com levantamento de necessidades de infra estrutura, material e formação para que as metas sejam alcançadas.

Agosto - Agenda intensiva de formação marca ações de Mulheres Rurais



Metodologia dinâmica e participativa contribuem no aprendizado

O mês de agosto foi de muita formação nas atividades do projeto Mulheres Rurais, no Cariri, com dois destaques. Nos dias 27 e 28, o foco foi no acesso ao credito e no desenvolvimento comunitário com 37 mulheres de três municípios (São João do Tigre, São Sebastião do Umbuzeiro e Camalaú).

Já no dia 29 foi a vez de 24 mulheres de da colônia de pescadoras Z-32 de Lajinha participarem de uma oficina sobre Participação Política e Controle Social. A atividade foi uma das com maior repercussão no projeto Mulheres Rurais, deixando muitas participantes inquietas e bastante motivadas.

Projeto Mulheres Rurais realiza diagnóstico e pesquisa



Técnicas do projeto conversaram com mulheres atendidas

O projeto Mulheres Rurais está concluindo o trabalho de diagnóstico da situação das mulheres, seu nível de conhecimento, renda e outros detalhes do seu trabalho. O diagnóstico tem como objetivo subsidiar todas as ações que serão desenvolvidas e, ao final do processo, ser a referência para avaliar o impacto do projeto. Ao todo, foram aplicados 139 questionários com mulheres de 19 grupos de sete cidades.

Veja fotos do projeto no nosso álbum virtual clicando aqui.

Em paralelo, também está em fase final a pesquisa prevista pelo projeto para analisar as potencialidades e dificuldades das mulheres rurais no acesso às políticas de geração de renda. Estes dados vão subsidiar o conhecimento das autoridades locais sobre essa realidade e qualificar o debate nos espaços de participação política. Os resultados devem ser sistematizados em tempo de serem apresentados no Fórum Territorial, ainda sem data, mas que deve acontecer até o final do ano.

25 de julho - Apitaço marca ato das mulheres do Cariri contra violência



Ciranda marcou final do ato público/ Foto: Claudio Angehrn

As mulheres produtoras rurais do Cariri paraibano vão promover um apitaço nas ruas do Centro de Monteiro numa mobilização pelo fim da violência contra a mulher do campo. O ato, que acontece nesta quarta-feira, dia 25, vai marcar a celebração pelo dia do agricultor, 28 de julho. O grupo vai se concentrar na feira agroecológica da cidade, a partir das 7h, onde também vão promover uma panfletagem sobre o tema. De lá, elas seguem em caminhada até o campus da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), onde participam de uma oficina sobre participação política.

Veja fotos do projeto no nosso álbum virtual clicando aqui.