sexta-feira, 20 de junho de 2014

Campanha mobiliza sociedade a denunciar


Foi lançada na quarta-feira (18) a campanha "Torça Contra a exploração sexual de crianças, adolescentes e jovens" assinada pela Casa Pequeno Davi, Centro da Mulher 8 de Março, Concern Universal e Ministério Público do Trabalho, com apoio da Rede Integral dos Direitos da Criança e do Adolescente.

A campanha é um ação do 'Projeto Exploração Sexual de Adolescentes e Jovens:  faça um gol contra' patrocinado pela Petrobras e com abrangência da Região Metropolitana de João Pessoa, compreendendo mais sete municípios além da capital: Alhandra, Bayeux, Cabedelo, Conde, Lucena, Pitimbu e Santa Rita.



 



 

terça-feira, 17 de junho de 2014

Concern lança mais uma campanha contra exploração sexual de crianças e adolescentes


 
Será lançada nesta quarta-feira (18), às 8h, uma nova campanha contra a exploração sexual de crianças e adolescentes . Intiulada “Torça contra a exploração sexual de crianças, adolescentes e
jovens” as peças serão apresentadas em um café da manhã no Restaurante Mangai, em João Pessoa. A nova campanha conta com a parceria da Casa Pequeno Davi, o Centro da Mulher 8 de Março e apoio do Ministério Publico do Trabalho.

No contexto dos megaeventos esportivos e culturais, a campanha tem como objetivo mobilizar a sociedade no combate à exploração sexual de adolescentes e jovens na Região Metropolitana de João Pessoa, em especial o trade turístico. A campanha faz parte das ações do Projeto “Exploração Sexual de Adolescentes e Jovens: Faça um Gol Contra” desenvolvido pelas organizações que assinam as peças que conta com o patrocínio da Petrobras.

A campanha dentro de um contexto local ganha ainda mais força, já que o número de casos de exploração sexual aumentou 232% na Paraíba, de acordo com dados do Centro de Referência Especializados de Assistência Social (Creas). Em 2012, foram registrados 443 casos e em 2013, 675 registros de atendimentos. O Disque Denúncia 123, serviço do governo do Estado, registrou até maio deste ano, 32 casos de exploração sexual, dos 123 registros de violações de direitos contra idosos, deficientes e mulheres.

A abrangência do projeto compreende os municípios de João Pessoa, Cabedelo, Conde, Bayeux, Santa Rita, Lucena, Pitimbu e Alhandra com o objetivo de mobilizar a sociedade, gestores públicos, organizações sociais de defesa dos direitos de crianças, adolescentes e jovens, trade turístico, operadores do Sistema de Garantia de Direitos, lideranças juvenis e mídia para o combate a exploração sexual de adolescentes e jovens por ocasião de mega eventos esportivos, como a Copa do Mundo, com estratégias e ações integradas de proteção e garantia de direitos.



 
 

terça-feira, 3 de junho de 2014

Concern participa de evento sobre experiências no semiárido promovido pela União Europeia




A União Europeia, junto com a Concern Universal, Cunhã Coletivo Feminista e Instituto Nacional do Semiárido (Insa) promoveu um Intercâmbio de Experiências entre 20 organizações que possuem projetos que trabalham com o semiárido do Brasil e que são cofinanciados pela UE. O seminário “Na Busca da Sustentabilidade de Modos de Vida no Semiárido Brasileiro” aconteceu entre os dias 28 e 29/05 na sede do Instituto Nacional do Semiário, na cidade de Campina Grande. Além do seminário, na sexta-feira (30/05) foi realizada uma oficina de elaboração de relatórios e sistematização.
 

Mesa de Abertura- A abertura das atividades do seminário aconteceu na manhã do dia 28/05 com uma mesa de boas vindas aos participantes do evento, composta pelos representantes das entidades organizadoras do evento. Representando a Cunhã, a coordenadora executiva do Coletivo Feminista falou sobre a alegria de estar na organização de um evento como este, que dá a oportunidade de trocar experiências de boas prática no semiárido e que possibilita a consolidação de novas alianças e o fortalecimento de ligações já existentes. A diretora da Concern Universal, Angela Brightling, o diretor do Insa, Ignacio Salsedo, e o conselheiro Jerome Poussielgue também compuseram esta mesa de boas vindas, manifestando a satisfação com a qual cada instituição construiu coletivamente este Intercâmbio.




 
GTs- Durante o primeiro dia do evento houve a formação de quatro grupos de trabalho, responsáveis por promover discussões temáticas sobre Políticas Públicas, Jovens e Crianças, Agroecologia, Recursos Hídricos, Agricultura Familiar, Movimento de Mulheres e o universo Econômico-Produtivo do Semiárido. A partir dos grupos, divididos nos quatro eixos temáticos, houve o primeiro momento de troca de experiências e das boas práticas entre os projetos participantes, fomentando inclusive um diálogo sobre os sonhos e as perspectivas de futuro para o Semiárido brasileiro.


O GT de Mulheres começou a dinâmica em grupo fazendo um compartilhamento de vivências e sonhos individuais,  com a experiência de cada participante. A partir dos sonhos individuais, o grupo desenhou sonhos coletivos para o semiárido com foco em políticas para mulheres. Para a coordenadora do GT, Lúcia Lira, da Cunhã Coletivo Feminista, a necessidade do enfrentamento da violência contra a mulher foi um tema que esteve presente a cada rodada do intercâmbio, an metodologia chamada de carrossel. “Além do enfrentamento a violência, a desigualdade de gênero, o trabalho produtivo e reprodutivo também foram discutidos e se mostraram bastante interrelacionados. Nos deu possibilidade de debater os temas dos eixos dos outros grupos de trabalhos, interligados e em sintonia com os temas voltados as mulheres”.


  
De acordo com Rosângela Santos, da Essor no Brasil, a atuação do grupo de infância e juventude foi bastante integrada, uma vez que o grupo estava coeso. Apontando desde as dificuldades e fragilidades do trabalho com crianças e adolescentes, passando pelos sonhos de cada um, foi travado um diálogo sobre as estratégias de superação dos desafios colocados pelos facilitadores do GT. “A gente conseguiu identificar, nas várias experiências que a gente tem vivenciado, os pontos convergentes que acontecem nas várias regiões onde a gente atua, tanto individualmente, quanto coletivamente. Também falamos de como a gente visualiza os locais onde atuamos, hoje e no futuro, do que a gente almeja ver acontecer nos municípios onde realizamos nossas ações, através dos projetos. Discutimos os pontos em comum, os sonhos e fechamos tudo em um desenho”, pontuou Rosângela, na hora de avaliar a dinâmica do grupo.
 
Para Valmir Soares, do Centro de Agricultura Alternativa Vicente Nica (CAV), de Minas Gerais, o grupo de Agroecologia encontrou uma sintonia na discussão quando entendeu o que cada um fazia, quais eram os problemas de cada região, bem como na hora de pensar o o sonho. “A gente compreendeu que as pessoas são o centro desse processo, que elas têm não só participar, mas construir essa busca, no sentido de se organizar, de se fortalecer, de evidenciar suas experiências e de influenciar as políticas públicas principalmente. De fazer com que isso saia da comunidade e volte com muito mais força e intensidade. A partir dos mecanismo de governo, mas que possam ser autogeridos pela comunidade”.
Valmir Soares acrescentou ainda que, no segundo dia de intercâmbio, após passar pelos outros GTs através da dinâmica do carrossel, o grupo pode perceber que as experiências participantes são verdadeiros focos de resistência, como as experiências com sementes crioulas, com segurança hídrica e alimentar, que estavam presentes no GT. “Além de ganhar a dimensão de desafio, temos que avançar nisso tudo. Então, é fundamental ter uma estratégia que gere autonomia e protagonismo nos sujeitos envolvidos, buscando a trasnformação”.
Valderlene Rocha, da Associação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas do Maranhão  (Aconeruq), desenvolve o projeto “Ká-Amubá” em 17 comunidades quilombolas de cinco municípios do Maranhão, participou do GT Econômico-Produtivo. “Entre os objetivos do projeto pretendemos melhorar as condições de produção, trabalhar questões de gênero, fortalecer economia solidária e comercializar os produtos que as comunidades já produziam através de uma cooperativa”.



Segundo Valderlene, esta discussão ecônomica-produtiva é nova para quilombola. “Foi muito tempo lutando pela terra e ainda não conseguimos do jeito que pretendíamos, mas a gente percebe que é preciso produzir nesta terra com muita urgência, pois as pessoas estão abandonando os quilombos. Por isso, a discussão de economia e produção foi muito pertinente, porque pude ver a construção de estratégias que podem ser socializadas. Como é a questão da agroeconolgia, já que queremos aprofundar essa discussão. Discutimos também o protagonismo, a comercialização, o mercado pretendemos ter e que tipo de sustentabilidade é interessantes pras comunidades de um modo geral”.

Mesa-Redonda- Finalizando o espaço de troca dos grupos de trabalho no começo da tarde da quinta-feira (29), o auditório do Insa serviu de palco para a mesa-redonda “Diálogos sobre as visões de futuro para o Semiárido Brasileiro”, coordenada pelo teólogo e filósofo  Roberto Malvezzi (ASA/CPT – BA). O espaço foi responsável por pontuar o histórico das políticas públicas para o Semiárido, o papel da sociedade civil organizada e as perspectivas de futuro para a região. O escritor de importantes livros sobre convivência com a região do semiárido brasileiro. “Ao falarmos do futuro do Semiárido Brasileiro, temos que considerar com quais olhos ele foi visto até hoje e como foram as tentativas de resolver seus principais desafios”.
Oficina: "Elaboração de relatórios narrativos e sistematização"- Com a finalidade de focalizar uma modalidade de relatório narrativo de organizações que contém projetos e devem ser apresentados aos cofinanciadores, a oficina realizada durante a sexta-feira (30/05) contou com a assessoria de Luciano Padrão, com colaboração de Denise Verdade, da Delegação da UE. Como público, a oficina contou com a participação de 40 pessoas, representantes de cerca de 30 organizações que tem projetos cofinanciados pela UE. Como os relatórios são peças que integram o ciclo de monitoramento e avaliação (M&A) dos projetos, essa atividade faz parte da programação do calendário de formação da UE para as organizações cofinanciadas.

A oficina tratou de vários aspectos necessários e importantes para a composição do relatório narrativo, como extensão, linguagem, sintonia, atividades e resultados, análise de contexto, reflexões sobre gênero, período de referência, anexos, publicações, efeitos da ação, monitoramento de riscos, parcerias e cooperação, desenvolvimento institucional, temas transversais/linhas estratégicas, monitoramento do quadro lógico, lições aprendidas e histórias de mudanças. De forma explanativa e interativa a oficina dialogou com as indagações dos presentes, apresentando a relevância da síntese e da valorização de um conteúdo que proporcione uma leitura mais rápida e que situe os conhecimentos com os dados necessários para a análise da execução das ações propostas no projeto.