O que esses jovens traduziram na música reflete a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE (divulgada em novembro passado) que mostra que no ano de 2014, 272 mil brasileiros passaram a trabalhar para complementar a renda familiar, um aumento de 7% em relação a 2013. O País deveria comemorar, se esses ‘trabalhadores’ não fossem crianças e adolescentes de 5 a 17 anos.
Na Paraíba, o número de casos envolvendo mão de obra infantil cresceu 65%, colocando o Estado em 3º lugar no País, atrás apenas do Acre, com 68% e Sergipe (66%). Isso significa mais 41 mil meninos e meninas nas ruas: eram 63 mil trabalhando de forma precoce em 2013 e pulou para 104 mil em 2014.
Para combater esse problema, entre outras ações, uma campanha foi lançada na quarta-feira (19), pelo Ministério Público do Trabalho na Paraíba e pelas ONGs Casa Pequeno Davi e Concern Universal. O evento aconteceu no Hotel Hardman, em João Pessoa. Na ocasião, também houve o lançamento do Prêmio MPT de Jornalismo e do projeto-piloto ‘MPT TV’.
O procurador-chefe do Trabalho, Paulo Germano, os procuradores do Trabalho Edlene Felizardo e Eduardo Varandas (idealizador da campanha), os jornalistas Wendel Rodrigues e Laerte Cerqueira, além de outras autoridades estiveram presentes. A campanha, cujo tema é “O Trabalho Infantil não dignifica ninguém” foi criada pela agência Tag Zag.
Fonte: Henriqueta Santiago e Maryjane Costa (Ascom/MPT-PB)