De acordo
com o Mapa da Violência Crianças e Adolescentes do Brasil (2012), João Pessoa é
a terceira capital do país em que mais adolescentes e crianças são
assassinadas. Com o objetivo de contribuir para o enfrentamento da realidade
alarmante será lançado na próxima quarta-feira (29) o ‘Projeto Cidadania,
Comunicação e Cooperação para a Proteção de Crianças e Adolescentes’. O evento
fechado acontecerá no restaurante Mangai, às 8h30, e contará com a participação
de autoridades do município, do estado,
Conselhos Tutelares, crianças e adolescentes de comunidades da capital,
além das demais organizações que compõem o Sistema de Garantia de Direitos e da
mídia local.
De acordo
com o coordenador do projeto, Ronildo Monteiro, uma das ações prioritárias é o
desenvolvimento do protagonismo infantojuvenil de mais de 100 jovens e crianças
de quatro comunidades da capital. Os envolvidos no projeto participam de
diversas atividades formativas como oficinas que abordam temas como gênero,
raça e etnia, orientação sexual, violência sexual, identidade e cidadania. “São
crianças e jovens entre 12 e 17 anos de idade que moram em comunidades em
situação de vulnerabilidade social. Além do trabalho formativo desses meninos e
meninas a proposta é que até o final do projeto tenhamos um grupo formado. O
grupo passará a atuar como representação desse público dentro de espaços de
controle social, ou seja, em debates de formatação de políticas públicas,
audiências, reuniões. Não podemos continuar discutindo a solução de problemas
sem ouvir e dar vez a quem é o foco”, explicou o coordenador.
Além das
atividades formativas e de desenvolvimento do protagonismo, uma outra ação
proposta no projeto fará um levantamento do fluxo e dos índices de
resolutividade dos casos de violências apurados nos cinco conselhos da capital.
“Um diagnóstico semelhante foi feito em 2010 pela Universidade Federal da
Paraíba, parceira nossa também no atual, mas o foco foi nos casos de violência
sexual. Na proposta do projeto faremos um mapa das violências que atingem
nossas crianças e adolescentes. O material subsidiará entidades, governos e
organizações a estruturarem melhor projetos que assegurem a proteção que este
público necessita e tem direito”, revelou Dimas Gomes, coordenador da Casa
Pequeno Davi, organização não governamental que atua há 30 anos na proteção dos
direitos das crianças e adolescentes. De acordo com a organização o diagnóstico
será lançado até janeiro de 2016.
população
da capital seja exposta a alguma mensagem da campanha. O grande objetivo dessa
divulgação é chamar a sociedade para uma reflexão sobre essa realidade,
inclusive sobre o seu papel de corresponsável pela proteção de nossas crianças
e adolescentes”, defendeu a coordenadora de comunicação do projeto, Érica
Chianca.
*Este documento foi elaborado com a participação financeira da União Europeia. O seu conteúdo é da responsabilidade exclusiva da Casa Pequeno Davi, Concern Universal e Amazona, não podendo, em caso algum, considerar-se que reflete a posição da União Europeia.
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